Poucos são os autores que especulam sobre o tema "Avalon, residência dos Mortos" e menos ainda os que se atrevem a situá-la. Alguns o fizeram de uma forma extravagante, situando-a no Mediterrâneo.
A crença de alguns de que esta ilha não era outra que a Sicília, explica o fenômeno de miragem que se produz no estreito de Messina se conheça com o nome de "fata morgana", recordando a feiticeira.
Avalon está inserida em uma relação de ilhas, algumas são verdadeiras, outras fruto de diversas obras literários. Avalon se encontra em lugar indeterminado, que está vinculada aos celtas, não só os de Gales, mas também da Irlanda.
Os irlandeses tinham a idéia de um enorme paraíso ocidental. Lá havia uma Ilha das Maçãs de sua propriedade. Emain Ablach, doce lugar onde habita o deus dos mares Manannan. Emain Ablach só era uma das ilhas do arquipélago atlântico, que se ampliava em direção ao sol sem limites conhecidos. Lá se encontrava Tir Nan N-Og, a "Terra dos Jovens", Tirfo Thuinn, Tire Nam Beo, Terra dos Vivos; Tirn Aill, e Outro Mundo; Mag Mor, Mag Mell, entre outras.
Havia também uma "Terra de Mulheres", habitada por fadas parecidas às da irmandade de Morgana. Acreditava-se que essa ilha era um vasto país sustentado por quatro pilares de bronze e habitado unicamente por mulheres.
Essas ilhas eram terras onde tudo era felicidade, paz e abundância. Não existe o envelhecimento nem o trabalho, porque tudo cresce sem necessidade de semear e nas árvores sempre há frutos.
Algumas dessas ilhas flutuam e outras ficam submersas e só saem a superfície à noite. O rei Artur navegando em sua mágica embarcação "Prydwen", visitou muitas dessas ilhas.
Avalon, para quem ainda a procura, é a viagem ao coração. É conhecida também como o "Céu de Artur", uma ilha do amor incondicional, onde tudo se harmoniza com a transmutação da energia luminosa do amor. Avalon é um reino interior. É a maravilhosa essência do verdadeiro ser nascendo a cada dia em nosso interior. É a nascente do amor no íntimo. E Morgana é a fada que nos faz refletir sobre tudo isso, pois foi ela, com todo seu amor, empregou todas as suas artes para curar as feridas de Artur.
A jornada dos homens e mulheres pela vida assemelha-se à jornada épica de muitos mitos. O herói que busca a verdade, poder ou amor reflete-se em nós, que buscamos o significado da vida e os tesouros, como o amor, que dão razão à vida. No entanto, cada um deve descobrir seus elementos de busca pessoais.